quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Até pró ano


... que me vou empanzinar pró Alentejo.
UM EXCELENTE 2009!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Frango com capa de queijo e alho

Quando o Diogo sai, eu faço frango. Como hoje, apesar de saber que vou congelar metade, pois.

1 frango em bocados
2 copos de vinho branco
1 c. sopa de alecrim fresco picado
Sal e pimenta

3 dentes de alho
4 c. sopa de parmesão ralado
6 c. sopa de cream-cheese
1 c. chá de mostarda

Azeite para untar

Marinei o frango no vinho, sal, pimenta e alecrim desde ontem. Hoje de manhã bati todos os outros ingredientes no liquidificador e envolvi-os nos bocados de frango. Aconcheguei-os num pirex com uns pingos de azeite no fundo e assei em forno médio até dourar. Comi com uma salada, que eu não sou muito de arroz.

domingo, 28 de dezembro de 2008

O melhor bolo de chocolate do mundo (não, não é esse)

A T. desafiou-me para lhe apresentar um bolo de chocolate melhor que "o tal melhor bolo de chocolate do mundo" que, desculpem-me, acho doce demais e enjoativo que se farta. Como até conheço o dono da empresa, permito-me dizer que a receita da Kika (prima dele, aliás), de quem eu já falei aqui e que é minha amiga há quase 30 anos - e que foi quem me ensinou a cozinhar, diga-se de passagem -, é infinitamente melhor.

Deixem-me dizer também que o dela, assim como o outro, não é propriamente um bolo, é assim uma coisa em camadas. Nos cinco anos em que vivemos juntas, este bolo fazia um sucesso estrondoso nas jantaradas que dávamos para os amigos. A Kika chegou a fazê-lo para fora (ela fazia e eu era a manager, que entregava e cobrava, parte importantíssima do negócio) para alguns restaurantes muito chiques da nossa praça. Isso e uma blattertorte, que, essa sim, é a melhor do mundo. Lembrem-me de postar a receita.
200g de chocolate de culinária (Belleville ou Pantagruel)
175g de boa manteiga
5 c. sopa de açúcar
6 ovos
2 pacotes de boas waffers de chocolate
3 pacotes de natas Longa Vida, bem batidas com 3-4 colheres de açúcar
100g de nozes picadas
Para a mousse, derrete-se o chocolate em banho-maria (ou no microondas) com a manteiga; bate-se o açúcar com as gemas até engrossar e junta-se o creme de chocolate. Envolve-se, sem bater, com as claras batidas em castelo firme e leva-se ao frigorífico por uma hora, não mais. Entretanto, batem-se as natas, que devem estar bem frias, e junta-se-lhes o açúcar, batendo mais até endurecerem bem (cuidado para não se transformarem em manteiga) e reservam-se. Esmigalham-se as waffers a mão (à máquina ficam finas demais) e reservam-se.

Para a montagem, forra-se uma forma alta de fundo falso e de abrir com uma rodela, cortada à medida, de papel vegetal e mais uma tira a forrar as paredes. Todo o papel deve ser pincelado com manteiga derretida e depois polvilhado com uma parte das waffers esfareladas. Com a forma montada, deitam-se camadas de bolacha, mousse e natas, sucessivamente, até encher a forma, tomando cuidado para ficarem lisas, o que não é nada fácil. Vai ao frio umas horas (se for uma noite, melhor) e desenforma-se com muito cuidado (deixando a base de papel) para um prato raso meia hora antes de servir, e polvilha-se com as nozes picadas.

A Kika ainda tinha paciência para forrar as paredes da forma com waffers em pé, para formar um cesto de chocolate. Ficava lindo.
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Mousse de avelã da Tita

A minha irmã Cristina é a doceira da família. A outra especialidade dela são os molhos para saladas, que ninguém consegue fazer tão bons como ela. O problema é que ela não segue receitas, nem sequer de doces. Deu-me a receita original, que está anotada no caderno dela (não sabe onde a pescou, mas tem uma vaga ideia de ser alentejana), mas fui logo avisada que a mousse que comemos no Natal não foi feita assim, e ela não consegue dizer-me exactamente como fez, mas disse-me que a aldrabou com 2 claras em castelo para render um bocadinho mais.
250g de boa manteiga mole
200g de açúcar
1 c. chá de café instantâneo
6 gemas
250g de miolo de avelã
250ml de natas Longa Vida
avelãs inteiras para enfeitar

Bate-se na com a batedeira muito bem a manteiga até ficar branca, depois junta-se o açúcar em pó e o café instantâneo e torna-se a bater muito bem. Juntam-se as gemas uma a uma, batendo sempre. Levam-se as avelãs ao lume numa frigideira antiaderente para tostarem e, depois de frias, juntam-se ao creme. Batem-se à parte as natas até ficarem um bocadinho grossas e por fim envolvem-se ao creme, sem bater. Serve-se numa taça de vidro alta, enfeitada com avelãs inteiras, depois de ir ao frio umas horas.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Queijo temperado em berço de pão alentejano

Numa das três orgias pantagruélicas em que participei neste Natal (o primeiro em terras lusas em nove anos), na última, em casa do avô Jorge, houve uma entrada feita pela tia Teté que me fascinou, por boa e fácil de fazer. Um pão de kilo, redondo, alto e gordo, recheado com uma pasta alaranjada a fumegar, com uma crosta dourada que denunciava o queijo que a compunha. Comi, recomi e lambi-me como os gatos. A receita é esta, segundo a autora, mas eu gostaria que alguém me sugerisse uma alternativa para o agente aglutinador (já vão perceber), que achei que não fazia falta e roubava a cena aos queijos:

200g de queijo da ilha ralado
200g de mozzarella ralado
200g de "4 queijos" ralados (isto não ficou muito claro e não consigo que fique mais)
1 farinheira cozida e esmagada despelada
4 c. sopa de mayonaise (e cá temos o tal agente aglutinador)
1 malagueta finamente picada
1 pão alentejano alto e redondo

Segundo me disseram, os queijos são ralados e misturados à mão com a malagueta, a farinheira e a mayonaise, sendo que esta é só em quantidade suficiente para os manter juntos. Recheia-se o pão, ao qual se abre uma tampa e se tira completamente o miolo, e vai tudo a forno quente (destapado) até dourar. Serve-se muito quente.

Dúvida: nota-se a mayonaise, e achei uma pena. Pipoka, por favor pega nisto e faz qualquer coisa de fantástico.

Aaaargh!

Ainda não consegui arrumar a cozinha, quanto mais cozinhar. Também, depois dos 347 tupperwares a abarrotar que trouxe das três orgias pantagruélicas em casa da minha sogra, da minha tia e do avô do Diogo, acho que não vou precisar de fazer comida até mais ou menos ao meio de Janeiro.

Ele foi queijos de Azeitão e de Serpa e do diabo-a-quatro, sapateira, camarões, leitão, peru, lulas, favas, rosbife, arroz árabe, batata palha do Avillez (a 50 euros o kilo, acham normal?! Juro que as ia vomitando quando soube.), couvinhas de Bruxelas, batatinhas coradas, puré de maçã e de castanhas, e depois sericaia com ameixas de Elvas, bolo-rei e rainha (claro), torta de nozes, bolo de avelã com doce de ovos, broas de nozes, mousse de avelãs, mousse de chocolate, cheesecake, pudim de ovos, toucinho do céu, sonhos, velhoses, trufas de chocolate... ufa!

Até tenho vergonha do que alarvei nestes últimos dias. De maneiras que, quando me passar, posto aqui uma entrada de queijos derretidos com farinheira em berço de pão alentejano que achei de comer e chorar por mais.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Hangover treat

Pois ontem houve jantar de Natal do grupo de Oeiras, no Hotel Baía em Cascais, e éramos mais de sessenta. Pois o jantar estava óptimo e era bar aberto com direito a DJ e tudo. Pois acabou às 6 da manhã e eu fiz 70 km hoje logo cedinho para casa por causa dos cães. Pois hoje vou passar o dia todo a comer isto:

1 c. sopa de manteiga (ou duas)
2 bananas às rodelas
sumo de 2 laranjas
2 c. sopa de açúcar

Frito as bananas na manteiga, deixo-as amolecer um bocadinho e depois junto o açúcar e o sumo das laranjas. Ferve mais um bocadinho e já está. É de comer e chorar por mais.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Lombo de porco recheado com passas e laranjas da Bahia

Como anda mal de amores e queria ver-me antes do Natal (isto de eu morar na província não facilita), a Maria Desassossegada veio cá jantar a casa ontem. Apesar do rol de desgraças, fartámo-nos de rir, como sempre. Para jantar, fiz um lombo de porco com cuscuz - Ai, cuscuz, que horror, enjoei essa porcaria na Tunísia! - mas comeu, recomeu e tricomeu e mais comia se houvesse! Adoro deitar preconceitos por terra...

Para sobremesa, outra triffle, que agora não quero outra coisa - e o pudim de pão e bananas não chegou ao jantar, como era esperado.

1 lombo de porco
passas q.b.
laranjas da Bahia (daqui do pátio, que tenho uma tonelada a estragar-se)
quadradinhos de bacon
1 cebola grande
azeite, sal, pimenta em grão e folhas de louro

Abri o lombo como um livro, untei-o com azeite e espalhei os quadradinhos de bacon, as passas e as rodelas de lanja com casca e tudo por cima. Temperei de sal e uma mistura de pimentas e fechei-o, sem o atar porque não tinha com quê. Fiz uma cama de rodelas de cebola num tabuleiro e deitei-o por cima, cobrindo-o com 3 ou 4 folhas de louro, mais rodelas de laranja e um fio de azeite. Tapei-o com papel de alumínio e forno com ele. Ficou francamente bom, apesar de não ter ficado redondinho como ficaria se o tivesse atado. Nota mental: comprar fio de cozinha.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Pudim de pão e bananas

Com este frio, só me apetecem sopázios, guisados, cozidos e estufados, tudo pesado e a fumegar. E, claro, sobremesas a condizer: quentes. Por isso - e por ter pão a mais e que ainda sobrou para fazer uma açorda - lembrei-me de fazer um pudim, de origem evidentemente inglesa mas que se fazia em casa dos meus pais desde tempos imemoriais. Foi encetado ao almoço e tenciono comê-lo pela tarde dentro.

Meio pão duro
Manteiga q.b.
6 bananas médias
100g de passas
4 cháv. de leite
1 cháv. de açúcar
3 ovos
Açúcar e canela para polvilhar

Untei um pirex fundo com manteiga. Forrei-lhe o fundo com cubos grossos de pão barrados com manteiga (é mais fácil barrar as fatias primeiro e cortar os cubos depois), mal arrumados. Cobri com as rodelas de banana e as passas. Bati o leite, os ovos e o açúcar com uma vara de arames e deitei por cima, ajudando com um garfo para o creme entrar bem no pão. Polvilhei com açúcar e canela e assei em forno médio até dourar, mais ou menos 40 minutos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Triffle de avelã e framboesas

Fiz um bolo de avelã e passas ontem cuja cozedura me correu muito mal. Não conheço bem o fogão, já para não falar que ele já é velhote e está a precisar de uma reforma. Por isso, e também porque me distraí (às vezes acontece...), deixei queimar o bolo por baixo. Toca de dar voltas à cabeça para o aproveitar, que a vida está cara e eu não gosto nada de deitar comida fora, e porque o miolo estava óptimo. Claro que saiu uma triffle.

Para o bolo de avelã:
2 cháv. de açúcar
1 cháv. de margarina (usei óleo)
4 ovos inteiros
1 cháv. de água quente
1,5 cháv. de farinha
1,5 cháv. de miolo de avelã
1 cháv. de passas
1 pitada de sal
fermento q.b.

Para a triffle:
2 pacotes de natas Longa Vida batidas com 2,5 c. sopa de açúcar
vinho do Porto q.b.
1 pacote de framboesas (congeladas)

Bati os ovos com o açúcar, depois o óleo, os ovos inteiros um a um, a farinha peneirada com o fermento e a avelã, alternando com a água quente. Assei numa forma untada e enfarinhada, mas assei demais, como se viu. Cortei-o às fatias, depois de lhe tirar o queimado. O resto já se sabe, é fazer camadas alternadas de fatias de bolo com borrifos de vinho do Porto, natas e framboesas, acabando com as natas e as framboesas, de preferência numa taça de vidro alta.

Entrecosto à saloia

Com o frio que esteve nos últimos dias, o Diogo só me pedia cozido ou feijoada. Mas fazer estes pratos para dois é complicado e a alternativa é comê-los depois por dias a fio. De maneira que saiu isto:

600g de entrecosto
1 lata grande de grão escorrido e lavado
azeite e banha q.b.
1 cebola picadinha
2 dentes de alho
1 c. chá de massa de pimentão
2 c. sopa de massa de tomate
2 folhas de louro
sal e pimenta preta fresca
1 copo de vinho branco
1 chouriço preto (apeteceu-me)
Coentros para salpicar

Refoguei a cebola e o louro no azeite e na banha, juntei o entrecosto em bocados para dourar, dando umas mexidelas de vez em quando, juntei o alho fatiado e os restantes temperos e o vinho. Puz o chouriço por cima, depois de o picar com um garfo, e deixei guisar por uns 45 minutos, mas coisa menos coisa. Tive de deitar água para não secar. Quando estava quase pronto juntei o grão, deixei aquecer bem e servi com arroz branco.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Aproveito o facto de,

... por mais inacreditável que isso me pareça, terem vindo hoje 78 (78!!!) visitas a esta humilde cozinha (obrigada, obrigada...), para fazer um pedido singelo: vão aqui à m'Ana, leiam tudo (não é muito) e, se acharem que vale a pena, façam um comentário (ou vários) a pedir P'LO AMOR DA SANTA que ela poste pelo menos de vez em quando mais uma historieta com receita. É que nem é pela receita (apesar de cozinhar como uma santa e de ter o exclusivo das receitas de famelga, atribuído por mim num dia de muita generosidade), é mais pela historieta...

Pipoka, ou uma cozinheira de truz

Uma querida. Tem, com mais duas meninas, o Three Fat Ladies, um dos meu blogs-referência na arte de cozinhar (devidamente linkado ali em baixo), concorrido que só visto. Mesmo assim, e sem me conhecer de parte nenhuma, respondeu a um pedido meu, não com um link para uma eventual receita que tivesse publicado, mas por email e na primeira pessoa - e às 11 da noite!

Devo dizer que segui as suas indicações à risca e saiu muuuuuito bom. Só a manteiga é que não era açoriana... e carreguei no sal, que cá em casa somos salgados. Transcrevo-a na íntegra, porque tenho a certeza de que ela não se importa.

"(...) Habitualmente faço o rosbife no tacho à maneira inglesa (ou melhor, como a minha avó me ensinou...). Uns dentes de alho (esmagas mesmo com a casca), muuuita manteiga (daquela açoriana boa) e uma dose generosa de azeite (para evitar que a manteiga queime). Deixas derreter e quando estiver bem quente deitas o rosbife e selas a carne (lume alto...como se fosse um bife). Deitas umas pedritas de sal (nada de exageros, pois a manteiga já tem sal... quando a peça de carne é pequena, nem costumo deitar sal). Depois, tapas o tacho/caçarola e baixas o lume, que é para a carne cozinhar um pouco por dentro e libertar alguns sucos para o molho. O tempo que ela está é um bocado a olhómetro, depende se gostares da carne em sangue ou mais cozinhada. Costumo fazer e sai-me sempre bem, mas, como te disse, é mesmo a olho. Uso bastante manteiga, pois gosto de molhar o pãozinho no molho ;-). Habitualmente uso uma peça de carne pequena, sobre o comprido... nem sei muito bem o que é, costumo trazer dos Açores e lá no talho chamam-lhe "coelhinho" (dizem que é mais saboroso do que o lombo...).

bjs, Pipoka"

Peitos de frango com molho tropical

Gosto da mistura de carne e fruta. Costumo fazer isto quando o Diogo não está, pois é mesmo o género de receita a que ele torce o nariz.

2 peitos de frango grandinhos
1/2 cháv. de caldo de galinha (ou vinho branco)
1 banana madura mas boa
2 c. sopa de sumo de laranja
1 c. sobremesa rasa de mostarda boa*
1 c. sopa de sumo de limão
azeite q.b.
sal e pimenta
* Cuidado com a mostarda; se fôr boa demais, só sabe a mostarda...

Tempero os peitos de frango com sal e pimenta e alouro-os em azeite dos dois lados. Junto o caldo e cozinho em lume baixinho, tapado, até a carne ficar tenra (aí uma meia hora, se tanto). Entretanto, bato 2 c. sopa de azeite, o sumo do limão e da laranja, a mostarda e a banana às rodelas no liquidificador. Aqueço o molho um bocadinho na mesma frigideira onde estão os peitos, para que os sabores se misturem, e sirvo, com arroz, por exemplo.

Peitos de frango recheados

Adoro queijo fresco, principalmente se fôr misturado com tomate e orégãos. Isto é uma excelente maneira de dar graça a peito de frango.

2 peitos de frango abertos em livro
2 tomates maduros sem pele e sementes (quando tenho paciência...) e cortados em cubinhos
2 queijos frescos cortados em cubinhos
orégãos frescos
azeite
sal e pimenta preta
4 fatias de bacon fininhas e grandes, sem o courato

Rechear os peitos de frango com a mistura de tomate, queijo, azeite, sal pimenta e orégãos. Fechar e embrulhar nas fatias de bacon. Atar com cordel de algodão ou prender com um palito. Assar numa assadeira untada com azeite, por 20 min, em forno quente, deitando mais azeite e orégãos por cima.

Gambas com feijão branco

Descobri há uns tempos numa revista (não me lembro qual, desculpem) uma receita que juntava feijão branco - o meu preferido - e gambas - que também adoro. A dita receita usava gambas já descascadas, mas eu não me convenci e comprei inteiras. Mudei um bocadinho a receita e saiu assim:

1 lata grande de feijão branco
1 kilo de gambas inteiras
1 cebola picada
1/2 pimento encarnado em cubinhos
2 dentes de alho fatiados
azeite q.b.
1/2 copo de vinho branco (se fôr preciso)
1 copo do caldo das gambas
sal
1 malagueta
coentros para salpicar

Descasquei as gambas e com as cascas e cabeças fiz um caldo muito concentrado: refoguei meia cebola em azeite, juntei-lhe as cascas e 1 copo de água; depois de ferver um bom bocado para reduzir, passei tudo no liquidificador e coei bem coado - costumo fazer isto a mais e congelar. Depois fiz um refogado leve com a outra meia cebola, o pimento e o alho, juntei-lhe as gambas já descascadas, 1 copo de caldo (acabei por não usar vinho), rectifiquei os temperos e deixei ferver uns minutos para cozer as gambas. Juntei o feijão escorrido e deixei aquecer. Salpiquei os coentros e servi com arroz branco. Ficou óptimo.

Entrecosto de porco com mel e laranja

Do Jamie Oliver, personagem que me irrita um bocadinho mas que até faz coisas interessantes. Esta é uma delas, até para variar da massa de pimentão.

Entrecosto de porco
1 chili picado
6 alhos esmagados
raspa de 4 limões
sal, pimenta e paprika
4 c. sopa de mel
sumo de 2 laranjas

Marinar o entrecosto umas horas numa pasta feita com o chili, os alhos, a raspa de limão, o sal, a pimenta e a paprika. Assar num tabuleiro por 1 hora a 190 graus (quem me ler até pensa que o meu forno é eléctrico...). Tirar do forno e esfregar com o mel e o sumo de laranja. Assar mais 30 minutos.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Borreguinhos de azeite à alentejana

Ui, o que eu gosto de cozinha alentejana...

1,5kg de borrego aos bocados
4 dentes de alho
sal grosso
6 grãos de pimenta
2 dl de azeite
1 ramo de salsa

Esmagar os alhos com o sal grosso e a pimenta e barrar a carne com esta pasta, deixando-a marinar por uma noite (no mínimo) no frigorífico. Pôr a carne num tacho de barro, regar com o azeite e levar ao lume, tapado, abanando de vez em quando. Quando não sobrar líquido, ver se a carne está dourada e cozinhada. Se não for o caso, borrifar com um pouco de água e deixar cozinhar mais um pouco. Salpicar com a salsa picada e servir, com batatas fritas aos cubos.

Frango de coentrada lá de casa

Uma receita velhinha lá de casa.

1 frango aos bocados
2 c. sopa de margarina (eu, hoje em dia, usaria azeite...)
1 cebola picada
2 dentes de alho picadas
1 c. chá de colorau
1 molho de coentros picados
1 L de caldo de galinha
2 gemas
Sal e pimenta

Refogar a cebola e os alhos na margarina, juntar o colorau, mexer bem e juntar o frango, o sal e a pimenta. Dourar, juntar o caldo e deixar cozinhar por 30/40 min ou até estar cozido. Pisar os coentros e juntá-los ao molho, misturando para que ele fique verde. Desfazer as gemas num pouco do molho e juntar, para engrossar um bocadinho. Servir com arroz branco e batata-palha.

Frango noisette

À moda do Pantagruel, pois claro, que era a Bíblia lá de casa. Uma delícia, mesmo feito com estes frangos de agora que não sabem a nada.

1 frango (caseiro, de preferência)
50g de toucinho
50g de presunto
Banha, salsa e alho q.b.
Sal e pimenta
1 L de caldo de carne
½ chav de nozes picadas
½ chav de avelãs picadas
½ chav de pinhões picados
3 gemas
1 alho francês picado

Corta-se o frango em bocados, tempera-se de sal e pica-se o toucinho e o presunto. Frita-se tudo junto numa colher de banha, até alourar. Pisam-se os frutos secos, um dente de alho frito, a salsa e o alho francês, até fazer uma pasta a que se junta 1 gema para ligar. Junta-se esta pasta ao frango e cobre-se de caldo, mexendo tudo muito bem. Cozinha em lume brando até o frango estar cozido. Antes de servir, ligam-se as 2 gemas restantes com um pouco do caldo e devolve-se ao tacho para engrossar um bocadinho o molho.

Lombo de porco com pêssegos

E voltamos à mesma. Outra maneira de fazer porco.

1 lombo de porco
1 cháv. de pêssego em calda, escorrido e picado
2 c. sopa de azeite
1 folha de louro
2 dentes de alho picados
1 cebola grande picada
2 cháv. de leite
Sal, pimenta e ramos de alecrim

Abrir o lombo no sentido do comprimento, sem o separar (imaginem um livro...). Temperar de sal e pimenta e rechear com o pêssego picado. Fechar e atar com um cordel, apertando bem. Num tacho grande, dourar o lombo no azeite de todos os lados e retirar. Refogar a cebola, acrescentando azeite, se necessário. Voltar a colocar o lombo, baixando o lume. Acrescentar o louro, o alho, o leite, o sal, a pimenta e o alecrim. Deixar ferver, baixar o lume e cozinhar até a carne ficar macia, acrescentando mais leite, se necessário. Servir fatiado com o molho que se forma.

Costeletas de porco com maçã

Eu a-do-ro carne de porco. É o que dá ter sido criada com três arcas frigoríficas cheias dela e rituais como a matança do dito, a que me lembro de assistir desde pequenina. Por mim, fazia-a todos os dias, não fosse o colesterol e o Diogo (por esta ordem...).

Costeletas de porco do cachaço ou fundo
Maças reinetas cortadas em quartos
Azeite q.b.
Manteiga q.b.
Sal e pimenta preta fresca
1 copo de vinho branco
2 c.sopa de natas

Fritar as maçãs em azeite e manteiga até dourarem dos dois lados. Retirar. Fritar a carne na mesma gordura, temperada com sal e pimenta. Juntar o vinho, cozinhar 5 min e retirar a carne. Reduzir o vinho, juntar as natas, verificar o sal e a pimenta, juntar de novo a maçã e o sumo escorrido da carne, juntar a carne só para aquecer e servir logo com arroz branco.

Strogonoff

E mais uma receita daquelas que eu gosto, que levam 20 minutos fazer (mais coisa menos coisa) e não dão trabalho nenhum...

4 pax

500g de carne de vaca
azeite q.b.
1 cebola picada
3 dentes de alho em fatias
150g de cogumelos laminados
1 copo de vinho branco
200 ml de natas
sal, pimenta
1 ramo de salsa

Cortar a carne tirinhas pequenas e temperar de sal e pimenta. Fritar as tirinhas no azeite até dourarem, adicionar a cebola, os alhos e os cogumelos. Regar com o vinho, aferventar por 5 minutos, desligar o lume e envolver as natas. Salpicar salsa picada e servir com arroz branco.

Pernas de frango com ervilhas e cenouras-baby

Uma das poucas maneiras de fazer com que o Diogo coma frango e goste. Nem sempre funciona...

2 pernas de frango grandes, sem pele
1 embalagem de ervilhas com cenouras-baby congeladas
1 alho francês cortado fininho
cubinhos de bacon
1 dente de alho picado
azeite q.b.
1 copo de vinho branco
1 folha de louro
sal e pimenta

Murcho o alho francês no azeite com o bacon, os temperos e o alho num tacho. Arrumo as pernas de frango e frito-as um bocadinho. Junto as ervilhas e o vinho e deixo suar, em lume baixo e tapado, por mais ou menos meia-hora.

Postas de pescada com camarão e alho francês

Às vezes apetece-me desesperadamente peixe e esta é das maneiras que mais gosto de o fazer. É rápida e fica uma delícia, servida com cuscuz ou arroz e uma salada.

Azeite
1 alho francês cortado fininho
1 dente de alho idem
postas (ou medalhões) de pescada congelada
gambas descascadas idem
1 borrifo de vinho branco
1 folha de louro
sal, pimenta q.b.
Coentros para salpicar

Murcho o alho francês no azeite e junto o peixe numa camada só, as gambas, os temperos e o vinho, numa frigideira grande mal tapada em lume muito baixinho. As gambas eram grandes, por isso juntei-as logo ao princípio. E as postas eram altas, por isso virei-as a meio, mas não é fundamental. Uns coentros salpicados à última da hora et voilá!